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10.29.2017

Agora que sou mãe, já sei...

Há algumas que preferia não saber, sinceramente, mas agora já não dá para voltar a pô-la dentro da barriga, ambas sobrevivendo, claro.



Agora que sou mãe, já sei...

... que é possível andar dias, meses, anos sem dormir e, mesmo assim continuar a garantir a sobrevivência de um ser vivo e manter um emprego. 

... que cada dia é menos um para a criança se saber levantar sozinha da cama e, independentemente vir ver televisão para a sala. 

... que os cocós de bebé a leite materno me cheiram melhor que muitos perfumes - ideia: largar umas fraldas no metro, para arejar. 

... que a lima para limar as unhas dos bebés quando são pequeninos é só jajão, mete só as garrinhas para dentro e fica esquisito.

... que é possível não sentir amor pela criança no dia do parto e, mesmo assim, ser uma pessoa que merece viver e que será uma óptima mãe. 

... que nem as crianças merecem sopas em que se atiram 754389 vegetais lá para dentro à parva, só para garantir que têm todos os nutrientes (coitada da miúda). 

... que ter coragem de  fazer cocó depois do parto é um acto de maior coragem que fazer parkour no Amoreiras. 

... que um berço é uma espécie de jaula que só nos lixa as costas e faz com que percamos tempo com o "põe na cama e acorda". 

... que o dia parece que recomeça quando a criança adormece. 

... que adormecemos poucos minutos depois do dia recomeçar. 

... que às vezes comemos as últimas coisas deles e dizemos que foram os gatos ou outra pessoa qualquer avulso ou que smarties "ficaram estragados, não sei o que aconteceu!". 

... que se é para sair na sexta-feira em que a criança está com o pai, temos mesmo de fazer uma sesta, senão tudo fica duplicado e à meia-noite estamos a cantar Lena d'Água a caminho de algum lado. 

... que amamentar e estarmos de diarreia é uma missão impossível de correr bem. 

... que quando estão doentes parece que ganhamos forças mágicas mas que, quando deixam de estar, cai-nos tudo em cima. 

... que não há coisa mais deliciosa que alguns "mãe" que nos batem muito.

... que é difícil para xuxu fazer lanches diários variados e minimamente saudáveis.

... que ter a nossa criança acabadinha de tomar um banhinho e penteada é melhor que ter rebentado com 100 euros na Zara. 

... que o hálito deles é sempre agradável. 

... que quase que não há nada mais enervante que a fase que todos têm de atirar coisas para o chão da cadeira de alimentação.

... que a gilette é a nossa melhor amiga. 

... que somos muito produtivas e eficazes, já viram a quantidade de coisas que conseguimos fazer ao mesmo tempo e ainda tendo sempre uma culpa a melindar as nossas decisões? Incrível.

... que somos todas mães e (praticamente) todas as melhores mães que conseguimos ser e isso tem de ser suficiente. 

... dizer que não de mil e uma maneiras.

... ser barrada por uma criança que diz não querer mais mimos. 

... que sou péssima a fazer vozes de bonecos.

... que o "Daniel Tigre" é provavelmente dos melhores desenhos animados que por aí andam.

... que podemos mudar de pediatra se estivermos desconfortáveis com o nosso.

... que consigo escrever este post nalguns minutos sem a miúda estar aqui a dizer que também quer escrever e perguntar se tenho uma virose. 


O que sabem vocês?


a Mãe é que sabe Instagram

6.25.2017

Coisas que aprendi com isto da maternidade e que não li em lado algum.

Sou das que lê. Sou mesmo. E continuarei a ser. Se gosto de o fazer, se sempre gostei para todos os meus outros interesses, também teria de gostar de o fazer no que toca a isto de ser mãe. Gosto. Penso. Experimento. Observo. Refaço. Tudo em prole de alcançar o equilíbrio, a calma, a felicidade, o melhor dentro do possível. 

Ser mãe é aprender pela tentativa e erro. Venham de onde vierem as inspirações para as tentativas. 

Aprendi algumas coisas que não li em lado algum (ordem aleatória enquanto janto uma salada mal amanhada que a Irene só adormeceu agora e estive lá uma hora com ela - sempre aos miminhos, não me enervou muito): 

- Ser mãe traz todas as nossas inseguranças à superfície. 

- Ser mãe faz-nos rever os comportamentos das nossas mães/pais connosco.

- Ser mãe é para sempre, não dá para desligar. 

- Ser mãe é achar sempre que podemos estar a falhar nalguma coisa. 

- Ser mãe é um privilégio do caraças. Há mulheres que não conseguem ser e querem tanto. Querem com tudo o que têm. 

- Ser mãe é mudar a ordem das coisas e por fases. 

- Tudo é uma fase. 

- Não adianta dizer de boca cheia que nunca iremos fazer qualquer coisa porque podemos vir a fazer. 

- Ser mãe é relativizar os nossos problemas para conseguirmos ver os deles. 

- Ser mãe é passar por uma morte da nossa eu antes de ter um bebé e de assistir ao seu renascimento. 

- Ser mãe é ter um pau de giz na mão e delimitar onde começa o nosso espaço, o dos nossos filhos e onde é que ele acaba e começa o dos outros. 

- Ser mãe é não descansar - fisica e emocionalmente. 

- Ser mãe é desesperar, chorar, gritar, espernear, mas ganhar força com o coração. 

- Ser mãe é despachar um ovo para o jantar, mas também é planear a comida para a semana inteira. 

- Ser mãe é amar com toda a intensidade que isso carrega. Para o bem, para o mal. 

Para sempre. 




Coisinhas giras: 

Fotografias - Joana Hall


Brincos - Our Sins 



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