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7.18.2017

O pior quando estão doentes.

Não estou já nesta onda negativa, mas quero aproveitar a minha experiência para também resumir um bocadinho o que se passa, se calhar, com todas nós. 

A Irene esteve doente recentemente - ainda está a melhorar - e estive o tempo todo a pensar na quantidade de coisas que me enerva ou que me deixa triste. Claro que, pondo já de parte a questão de os ver doentes e de nos sentirmos impotentes. 

- O Brufen lhe arder na língua 

Ou a miúda tem a lingua geográfica como eu ou então passa-se alguma coisa com o brufen porque até já experimentei misturá-lo n um puré de fruta e ela dá sempre conta. Há algo no Brufen que lhe pica a lingua. 

- Ser super intrusivo pôr supositórios

Não acredito como é que a alternativa ao xarope é dizer "vá, tem que ser" e por-mos-lhe algo no rabo e termos que apertar as nádegas. Nunca me sinto confortável com esta situação. Claro que me salva a vida quando ela acabou de ter uma convulsão, mas nem aí gosto muito. Tenho más recordações e o acto em si é terrível, parece-me. 

- A treta dos paninhos tépidos

O terror de ter que lhes por os paninhos nas axilas ou na testa para baixar a febre. Não consigo. Imagino-me com aquela temperatura toda a obrigarem-me a mergulhar numa piscina. Não faz sentido. Baixo a temperatura do corpo artificialmente, mas o corpo continua a precisar da febre alta, ajuda em quê? Mais depressa a ponho no banhinho em água morninha e vai esfriando... 

- Ter que acordar para dar antibiótico

Aqui não há grandes hipóteses, é assim que funcionam. Tem que se dar os antibióticos a horas, mas caramba. Os miúdos já estão doentes, estão a descansar e além de termos que os acordar... ainda é para despejar um líquido cheio de coisas pela guela abaixo... 


- Não conseguirem respirar

Dormi com ela desta vez, na minha cama, com ela doente. Ouvi-los sem conseguirem respirar e sem podermos fazer grande coisa, a não ser levantar a cabeceira, acordar para assoar, por umas gotinhas. Que nervos. 

- Ela não conseguir mamar

Na altura em que tenho ainda mais vontade de a ter contra mim, de lhe dar miminho (à nossa maneira - claro que há outras) ela não consegue respirar. Por isso dá duas mamadelas, fica irritada e desiste. 

- Não comer

Eu quando tenho febre também perco o apetite, mas não os ver a comer é aflitivo. Não obrigo, ponho-me no lugar dela. Porém, além de a ver tão cansadinha e doente, vê-la emagrecer aos meus olhos ou pegar-lhe no pulso e já não sentir tanta xixa, deixa-me... de rastos também. 

- Ter que ficar em casa

Adorava haver uma hipótese das crianças com febre poderem andar num sítio qualquer e poderem brincar com outros meninos sem se contagiarem uns aos outros. Como se a vida continuasse com a hipótese de ser igual, mas mais calma. Sem prejudicar os outros bebés, claro. Nunca poria a Irene com febre ao pé de outras crianças. 

- Ter que lidar com a merd* dos bitaites

Já não chega termos o coração nas mãos, estarmos sempre alerta, estarmos a dar o nosso melhor em tudo e ainda temos de defender as nossas posturas perante terceiros. O papel de quem nos ama ou apoia, nestas alturas deve ser para nos sossegar e apoiar e não para discutir seja o que for. Eu, mãe de criança com convulsões febris, não dou antipiréticos sempre que passa dos 37º. Dou sempre que a vir muito desconfortável porque febre não é doença, é sintoma e a febre é a maneira como o corpot enta resolver o problema. E mesmo com o efeito de antipiréticos há convulsões, não impedem minimamente que tal aconteça. Simplesmente prolongamos a doença neles e anulamos a reacção natural e positiva do corpo. Porque "a mãe é que sabe" mas também pode estar enganada, nestas alturas passa-se a informação e sai-se de cena e não se incomoda mais. 

- Ter que fazer relatórios a toda a gente

Percebo perfeitamente que toda a gente queira saber como estão os netos, bisnetos, filhos, sobrinhos, primos...  mas aqui pelo meio existe uma mãe que está preocupadíssima, a fazer malabarismo para conseguir brincar, cozinhar, tratar, mimar uma criança (no meu caso que, quando a Irene está comigo, sou só eu ainda pior). Se puderem falar uns com os outros sempre é mais fácil ou, então, ter paciência, calma e compreender. 

- As limpezas ao nariz e a negociação dos medicamentos

Estes procedimentos super desconfortáveis não tornam as coisas melhores, sniff. 

Pronto. Apeteceu queixar-me. Já me sinto melhor. Mais alguma queixa? 

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