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5.25.2017

Ser mãe...

... é cansativo, mas põe-nos à prova e obriga-nos a crescer. 

Tal como todos os desafios na vida, quando os ultrapassamos estamos mais ricos. O desafio de ser mãe não acaba, mas vamos ultrapassado pequenas (ou grandes) fases que nos permitem agarrar mais conhecimento para as seguintes. É como se fosse um jogo de computaodor, com vários níveis. Sendo que o "boss" deverá ser a adolescência. Digo eu, ainda não sei.

... é reconhecermos que apesar de todas as nossas imperfeições, há quem nos ame brutalmente. 

"mãeeeee". Por muito que às vezes não nos apeteça ouvir de novo, o que isso significa, enche-nos o coração. Somos a primeira pessoa daquela mini-pessoa que foi criada em nós e que saiu com metade do nosso coração. 

... é termos super-poderes e levar-nos ao expoente máximo de organização/loucura.

Não há "não ter tempo". Tudo é perfeitamente passível de ser feito, nem que seja com muita pressa pelo meio. Consegue-se fazer o jantar naqueles 10 minutos em que se distrairam com algo na televisão, mesmo sem ter tirado nada para descongelar. 

... é repriorizar. 

Tudo passa a ser alvo de uma categorização por importância. Muito mais do que sempre. Que necessidades? Quais as mais valias? Valerá a pena saltar a sesta? Vai ser inesquecível?

Foto por: Yellow Savages

... é ter dois empregos. 

Quando acaba o primeiro, começa o segundo. E quando acaba o segundo, ficamos a babar-nos no sofá com imensas coisas por fazer que não conseguimos.  

... é ter comportamentos que, se não fossem com os nossos filhos, seriam creepy. 

Cheirá-los quando os pegamos ao colo, ficarmos a ouvi-los respirar depois de adormecerem, vermo-los de longe sem que saibam que os estamos a espreitar... 

...é sentir que a maternidade é uma música e não uma linha. 

É uma dança. Somos mais do que um, somos dois, somos três. Temos de ouvir o outro para não o pisar, temos de ouvir a música que sai dele e de nós, temos de olhar para a frente e não para baixo. É.uma.dança.

...é ser abraçada de dentro para fora. 

Os abraços deles, os beijinhos, parecem uma espécie de renascimento. Como se fosse uma certificação de que sabemos amar. 

...é uma aventura para sempre, a melhor de todas.  

E é um privilégio ENORME podermos vivê-la.


Coisinhas giras:

Macacões da Little Jack Baby Clothes. 

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Três coisas que as futuras Mães têm mesmo de saber.

Isto cansa.

A tosse e o ranho à noite são do pior que há.

Não há tempo para tudo. Ponto final.


Isto cansa.
Não é novidade mas há gente com tão boa cara por esses trabalhos, nesses restaurantes, nessas fotos de Facebook que uma pessoa às vezes acha que nós é que somos fraquinhas, ou queixosas, ou que os nossos bebés é que são muito exigentes. Sim, nem toda a gente tem o mesmo nível de resistência, há gente mais forte e mais optimista, mas caraças se isto cansa! Ser mãe todos os dias cansa, não dormir bem cansa, não poder ter um dia só para pizzas e filmes no sofá cansa, ter a cabeça tão ocupada e tão cheia de tudo cansa.

A tosse e o ranho à noite são do pior que há. 
Não dormem eles, não dormimos nós. É uma grande chatice, acabamos por dormir com eles no colo, inclinados, para ver se temos algum descanso mas ficamos com um braço todo dormente, transpiramos mais que dois canos rotos e quando o dia nasce parece que fomos atropelados por um camião cheio de tomate. 

Não há tempo para tudo. Ponto final.
Ah! Claro, estavas à espera do quê? Epa, estou sempre à espera que a capa me faça voar. Continuo a pôr a fasquia upa upa, a achar que se pode perfeitamente ter a depilação feita (nem que seja com a gilete a cortar-me as pernas todas), as camas feitas, os banhos, os posts, a vida social e ainda fazer comida saudável com pesto e manteiga de amêndoa à mistura, um DIY, umas fotografias, ir buscar as encomendas, responder às leitoras e a emails profissionais e no meio disto ir às compras, levar e buscar uma e brincar, dar mama e estar atenta à outra. Esqueçam. Não há tempo para tudo. Não tentem sequer. Escolham, estabeleçam prioridades. O resto faz-se, noutros dias. Ou nunca. E não faz mal. PACIÊNCIA.

Este vai sem "mas vale muito a pena", que isso já todos sabemos.

Pau Storch na apresentação do Pequeno Buda da Iswari

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3.16.2017

Truques para treinar "mais melhor bem".


Isto são pequenas coisas que me apetece partilhar com toda a gente porque reparo que tornaram a minha vida mais fácil a nível de treinos no ginásio. Treino actualmente 4 vezes por semana (até treinaria 5 se não precisasse de um dia com mais tempo no trabalho para dar um bom avanço) e treino regularmente desde Outubro ou Novembro, pelo que já sei uns truques manhosos! 


1) Apertar os glúteos em todos os exercícios possíveis. 
Cada contracção do glúteo é um abdominal do rabo! Se o fizermos sempre que pudermos estamos a exercitar o que queremos que encha as calças ao invés de pedacinhos amorosos de gordura. Depois até vamos dar por nós a fazer ao longo do dia. Como os exercícios de períneo. Estamos todas a fazê-lo agora ou é impressão minha? Tudo a mexer o pipi, 'bora!

2) Levar calças giras, mas que sejam nossas amiguinhas. 

Já conseguimos a motivação para ir ao ginásio, muito bem. Já safamos um plano de treino junto de um PT ou algo do género, agora não convém ir com umas calças de cintura descaída se a ideia é mexer-nos um pouco... Andar o tempo todo a por as calças por baixo das maminhas (que, no meu caso, é só ali perto dos joelhos) não é produtivo nem sexy. Quase que mais vale ir de collants. Ahh!! Fazer um agachamento de costas para o espelho e espreitar se, quando nos agachamos e o tecido das calças estica, não se fica a ver toda uma cueca "para ginásio" (sim, que deixamos as boas para outras ocasiões, digo eu).


3) Levar um trolley e não um saco.

Não! Vou depois sair do carro para ir para casa com a minha mala, o saco do ginásio, mais a mala dela e, se calhar, mais algumas compras? Fiz isso durante alguns meses e fiquei a perceber o porquê de algumas dores aqui e acolá.  Desde que caiba no cacifo, é válido! E com o barulho das rodas no chão sempre nos iludimos durante um nanosegundo de que estamos na Portela.



4) Recipientes mini.

Pegar naqueles recipientes de cremes e champôs de viagem e deitar lá para dentro os nossos produtos. Reduz o peso do necessaire muito significativamente e é bem mais prático. 

5) O pisa pés. 

Não sei o nome oficial daquilo. É uma espécie de saco que, aberto, faz de tapete para os pés para quando nos estivermos a secar não termos de estar em modo pé coxinho ou termos uma perna do collant já posta em cima da havaiana ainda molhada ou parte do esfíncter em cima do banco frio do ginásio e apanharmos uma micose. E atenção que o saco depois pode servir para guardar a roupa suja! 


6) As toalhas super absorventes. 

Ainda sou do tempo em que levava toalhas de praia ou de banho normal dentro do saco e além de ficar tudo ensopadinho, era muito pesado e volumoso. Viva às toalhas pseudo absorventes que são super simples e fixes - têm cores impecáveis (tenho-me sentido muito tentada a fazer colecção mas tenho acalmado o pipi, enquanto faço os exercícios de períneo, claro)



7) Treinar com o melhor. 

Parece que tem a mania e tem, mas pode. Não é como aquelas mulheres que se acham as últimas batatas do pacote e nunca dizem nada de jeito. O rapaz sabe o que faz, é boa onda e confesso que metade da minha motivação se deve a ele, por gostar de treinar com ele e por confiar no trabalho. É #omelhorptdomundo (também no instagram aqui)





8) Relógio de treino

Nem sempre dá para treinar com PT, claro. Nunca pude treinar com PT até o ano passado e sempre foi um sonho para mim. Fiquei a saber, porém, que existem relógios a 12 euros algures (ehehe) e que têm já um óptimo timer para nos motivar a fazer exercícios em determinados timings e acelerar o bpms. Não precisamos de gastar fortunas num que já tenha GPS porque... enfim, decorar o caminho de volta não deve ser assim tão difícil (ahah).


Têm mais truques? Vá, vá! Partilhar é bonito (menos doenças venéreas e coisas do género).

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2.12.2017

A melhor maneira de dar xarope sem birras.

Nunca antes tinha tido este problema. Brincamos tanto aos médicos e afins que vivemos na ilusão de que nunca seria difícil dar xarope nem nada do género. Wrong. A Irene esteve com uma virose durante uma semana (!!!!) (só acabou hoje) e teve de tomar um xarope novo. Além de já andar a Brufen e Ben-U-ron, houve um médico (num espaço espectacular que vos tenho de falar dele, um projecto maravilhoso que me encheu o coração - Passo a Passo no Campo Grande) -  agora que reli o post já nem lembro do que era suposto dizer aqui. 

Tínhamos mesmo que lhe dar o xarope, para o bem dela. Conscientes de que o teríamos que fazer durante os próximos 5 dias, tínhamos mesmo que arranjar uma solução que funcionasse. Conseguimos algumas mas, até agora, temos a vencedora. 




#5 
Está cheio de bichos bons que te vão ajudar.

Explicar-lhe qual é a lógica da doença e o que é que, supostamente, o xarope irá fazer.  Às vezes cola, mas depois fica um pouco preocupada com os "bichos maus". 




#4
Puxar pelos sentimentos pelo médico. 

No caso da Irene, ela gosta muito da Dra. Marta, a sua pediatra. Neste caso, foi um colega dela que nos receitou o xarope, mas de quem a Irene também gostou. "O Dr. Luís disse que era preciso, Irene e ele quer muito que fiques boa, o ursinho de lá também quer que fiques bem...". 



#3
O trunfo da Patrulha Pata. 

"Esta é pelo Chase, esta pela Skye, esta por aquele amarelo da escavadora". 



#2 
O coelhinho.

Ui. Esta a maior parte das vezes funciona para tudo: ser o boneco preferido quem dá o medicamento. "Olá, Necas, é o coelhinho cor-de-rosa! Quero muito dormir contigo e que descansemos os dois... tomas a merd* do xarope para ficares bem?". 




#1 
Puré de fruta

Até se lambe toda no final. O primeiro ensaio desta técnica foi com bolacha esmagada que ela adorou, mas à segunda já reparou que estava "azedo". Vai, vai puré de fruta orgânico. No final até pede outro e, neste caso, com este xarope, já está praticamente com a testa lá dentro. 



E as vossas técnicas? Vamos fazer uma lista? Nós chegamos ainda a dar uma dose de xarope com a Irene coagida, mas partiu-nos o coração...  e ainda hoje ela fala disso, quando o pai "agarrou os braços, mas não magoou a Necas, foi para dar o medicamento". 

Vi uma vez, num SharkTank um elefante que também serve para dar os medicamentos, mas acho mesmo que todas as soluções são temporárias, este. Não deixo de me rir com o posicionamento da seringa, mas isso sou eu. 

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2.01.2017

O melhor de ser mãe.

Esta é a lista que faço agora quando ela tem praticamente três anos. Claro que vai mudando com o tempo mas, para já, sinto-me grata por tudo isto. 


- Dar-lhe banho.

Quando era  bebé gostava ainda mais. Como dava sempre ao final do dia, era a única altura em que ela ficava mesmo calma e eu também e dava para descansar um bocadinho a cabeça. Agora adoro porque é algo onde ela fica entretida durante algum tempo e depois, com o cabelo molhadinho, fica a parecer a Necas de quando era muito pequenina. Porém, não dou banho todos os dias. Não sinto que seja necessário e assim temos mais tempo para brincar.


- Ouvi-la falar

A voz dela, a construção frásica cada vez mais elaborada e os enganos cómicos derretem-me por completo. Gosto também quando partilha coisas comigo sem que eu pergunte. Ontem foi: "A Sara (educadora) deu-me umas bolas amarelas verdes moles, a mãe depois compra?". 

- Ver a imaginação a desenrolar-se

Começar a vê-la a aprender a brincar sozinha e a entreter-se. Ver que já sabe inventar e que até tem dois amigos imaginários que são (!!!!!!!!!!!!!!!) um escorpião e uma aranha e que vão com ela para todo o lado.



- Saber que o meu afecto é importante

Quando ela precisa de mim (e mesmo quando parece não precisar), saber que ela se acalma e gosta do meu carinho. Sentir o corpo dela junto ao meu, entregue. 

- Ver que a informação entra

Gosto quando ela nos corrige ou nos faz reparos que já lhe fizemos. A cabecinha dela funciona e está mesmo atenta. "Mãe, não se põe a faca na boca!". "Pai, isso tem muito açúcar, tens de comer pouquinho!".

- Vê-la a gostar de outras pessoas

Além de adorar a educadora Sara e dela ser a mãe da escola, tem uma paixoneta deste o Verão passado por um rapaz chamado Rúben (nunca mais o viu, mas ainda fala dele), tem um crush por uma amiga da família da Joana Paixão Brás, a Dulce, adora os seus avós e está cada vez mais carinhosa com eles.

O ano passado, quando conheceu o Rúben.

- Quando ela se impõe

Gosto quando ela me inibe de fazer alguma coisa por ela! Naturalmente vou perguntando se ela precisa de ajuda para alguma coisa mas, orgulhosamente, põe-me no lugar e diz que quer tentar. Quando consegue (geralmente só se atreve para coisas que consiga) olha para mim com uma vaidade de si mesma... é das coisas mais bonita.

- Quando olha para o pai para ter a aprovação dele

No outro dia estavamos a brincar aos Legos e ensinou-me a por a pá do boneco na mão como o pai lhe tinha dito e depois olhou para o pai para ver se ele tinha ficado contente por ela se lembrar. Tanto amor e carinho naquele olhar, tanto.

- O sentido de humor

Mesmo quando chora, conseguir achar piada a qualquer coisa, nem que seja por lhe ter saído uma bolha enorme de ranho pelo nariz. Fazer já as suas piadas e adorar fazer com que os outros se riam.


Vê-la a ser sem que saiba que eu estou lá

Quando chego à escola sem que ela repare e consigo vê-la a ser pessoa. Ver que existe, que se move, que interage, que brinca... 

Adormecê-la

Uma grande guerra desde sempre, mas acabou. Adoro adormecê-la e adoro ouvi-la respirar. Adoro abraçá-la para que ela se relaxe e  não sei para quem mais é aquele abraço. Se para ela... ou para mim.




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1.31.2017

8 coisas a fazer antes de ter um bebé.

#1 Mudar imensas vezes a areia dos gatos.

Depois, se não formos imunes à toxoplasmose, não convém que mudemos nós a areia e podemos ficar com saudades. 




#2 Olhar imenso para o pipi 

Quiçá até conversar um pouco com ele. Ele vai sentir a nossa falta durante 9 meses. 




#3 Fazer amor em várias posições que não a de frango.

Só para nos despedirmos daquelas posições em que não estamos tão expostas ou até daquelas em que parecemos uma pessoa que pratica yoga e que gosta muito de sexo. 

#4 Ir ao dentista.

Literalmente. Tratar dele se for engraçado. Depois de ter um filho, isto das traições cai pior. Brincadeira. Tratar da dentuça toda que depois a ben-u-ron e a brufen não há grande coisa que nos acuda. Contar com os 9 meses de gravidez mais não sei quantos de maminhas e tetinhas e não sei quê. 

#5 Usar todas as lingeries mais atrevidas que tenham.

Depois, quando estiverem grávidas e mesmo uns tempos depois da criança nascer, as mamas não vão caber nos soutiens do costume (vão parecer um mocaccino entornado) e o pipi também não caberá tão bem nas cuecas. Fica a parecer quando tentamos embrulhar algo em papel de alumínio e não tirámos papel suficiente.



#6 Fazer análises.

À vida, ao tempo, à conjuntura, ao buço da melhor amiga... e ao sangue! Convém mesmo saber se o nosso corpo está em condições ou se parece aqueles panos húmidos nojentos que às vezes deixamos no lava-loiças e que estamos em negação sobre a quantidade de bactérias que terão.

#7 Deixar de tomar contracepção

Parecendo que não, é importante. Há quem dia que, quando tomamos contracepção, não há grandes probabilidades de ter um bebé. Pelo sim, pelo não, acho melhor tirar ou deixar de tomar. 

#8 Arranjar esperma.

Maria engravidou sem badalhoquices, mas a maior parte das pessoas é capaz de precisar de um pouco de sémen para gerar vida. Somos muita boas e multi-task mas ainda não conseguimos fazer isto dos bebés sem essa parte da equação. Podemos tentar, quer dizer. Nada nos impede. Se calhar se fecharmos os olhos e pensarmos só em coisas boas... 

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1.22.2017

A ti, grávida cheidanerves.

Nem todas levamos a vida numa de "ai, o que tiver de acontecer, acontece". "Vai correr tudo bem". Há umas quantas de nós que se enervam, que têm medo de não estar a fazer bem as coisas, que têm medo que o corpo não funcione em condições ou que toda a humanidade tenha um segredo fatal sobre isto da maternidade e que nós sejamos as únicas a não saber. 



Sim. Eu era uma dessas pessoas. Achava que, além de não estar equipada para ser mãe fisicamente (não sei porquê, achava que o meu corpo talvez nunca viesse a funcionar, desde pequenina) também não seria capaz de ser a mãe que eu precisaria de ser para ser feliz (sim, tenho noção do quão egoísta parece ser esta afirmação).  

A verdade? É como tirar a carta de condução. Antes de tirarmos parece (para estas algumas, claro), muito assustador e "demasiada coisa ao mesmo tempo", depois começamos a reparar nas pessoas que nos rodeiam e que têm carta e que nem todas parecem ser guardadoras de um potencial gigante para a condução e começamos a apercebermo-nos de que talvez seja possível conseguirmos. 

O problema? Não há aulas para isto de ser mãe. Não andam connosco durante umas 100 e tal aulas a explicar regras (das quais nunca nos iremos lembrar - o mais próximo disto são as aulas de preparação para o parto) e depois conduzem connosco num automóvel até nos sentirmos seguras o suficiente para fazermos um exame e, se passarmos, podemos ser mães. 

Neste caso, em princípio, decidimos e depois temos logo as chaves na mão para levar o bicho a passear, sendo que convém que ele sobreviva (e nós também). A parte boa é que temos 9 meses para nos habituarmos à ideia, mas temos também 9 meses para nos minarmos por dentro e para que as pessoas "da nossa vida" não nos acalmem, antes pelo contrário. 

Gostava que me tivessem dito estas coisas (podem rir-se à vontade, mas teriam ajudado): 

- Não és menos de que qualquer outra mulher que seja mãe. 

- Lá por não seres perfeita, não quer dizer que não mereças ser mãe. 

- O amor pelo teu filho encaminhar-te-á sempre para as decisões mais certas.

- Tu vais sentir o amor de que toda a gente fala. O teu coração não está morto. 

- O teu medo, em ti, é sinal de que queres muito que tudo corra pelo melhor. 

- Não depende tudo de ti, mas no que depender darás o teu melhor (porque amarás) e é isso que importa.


Depois de tudo isso que senti e que, de vez em quando ainda sinto - mas que quanto mais vou amando a Irene mais me vou amando a mim - cá estamos. A Irene tem praticamente três anos e é feliz e eu também.

Tudo começou naquele dia em que, numa de loucura, achei que era capaz.



Outras leituras: 

"Estás grávida se..."

"Não sou mãe galinha, sou mãe informada". 

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12.19.2016

10 coisas para dizer à mãe de um recém nascido.

Se calhar somos más. Se calhar, quando ficamos enervadas com os primeiros comentários estamos só a não conseguir gerir bem o facto de termos passado pela experiência física mais desgastante de sempre da vida de uma mulher a não ser aulas de Bum Bum Brasil (ou 3B se formos finas). Se calhar, as pessoas estão desconfortáveis por estarem a assistir a um pequeno ser vivo que acabou de sair do nosso pipi, o sítio onde aproximadamente 9 meses antes entrou um pedaço do genital do nosso companheiro. Assim dito parece nojentinho, não é? Pois, se calhar as pessoas entram em piloto automático e só dizem mecónio porque não lhes sai nada melhor. 


 
Talvez precisem de ajuda para uns comentários mais criativos. Aqui vai: 


10 - Uau! Para quem acabou de ser esventrada, eu ia lá! Estás com óptimo aspecto!

Por muito que pareça altamente inusitado, no fundo, no fundo, gostamos de sentir que as pessoas até nos considerariam num "acto de loucura". A não ser que sejam familiares (o que é provável dada a visita ser no hospital) ou, então, profissionais do próprio hospital (também seria esquisito, a não ser que aparecesse um Karev, um Jackson ou um Derek - que Deus o tenha). 

9 - Quem me dera ter umas tetinhas assim!

Há coisas boas nisto dos primeiros meses e uma delas é ter umas mamas de pornstar. Um bocadinho vascularizadas demais? Ao ponto de parecer que tomamos suplementos e que foram só para as mamas? Talvez. Porém, são umas belas tetinhas e há que aproveitar. 

8 - Trouxe-te um Kinder Surpresa!

Epá, nós sabemos bem quais são os verdadeiros prazeres da vida. Não é ser mãe e plantar um livro ou escrever uma árvore (eu reparei no que escrevi). É mesmo mamar umas barrinhas de Kinder a ou mesmo uns 4 ou 5 ovos daqueles e pensar "há coisas mais importantes na vida que isto" e não haver culpa NENHUMA porque temos ali um ser que só sobrevive graças a nós.

7 - Olha, não sabia o que trazer, então trouxe-te 300 euros num cheque-prenda da Zara.

Como assim não se sabe o que é que se há de dar a uma mulher? Zara! Zara! Zara! Seja qual for o momento da nossa vida, queremos comprar "uma coisinha". E a Zara tem loja online, por isso mesmo que o nosso pipi ou a nossa cesariana nos impeça de andar como gente grande e nos faça andar tipo caracol (sendo o rasto, tudo aquilo que expelimos no mês seguinte pela vagina e que é nojento) dá para fazermos compras e para elas virem cá ter a casa. 

6 - O teu homem deu em louco e contratou uma empresa de limpeza para os próximos 20 anos. 

E são duas mulheres razoavelmente feias (vá, só para não ter que pensar no assunto) e altamente eficientes. Têm um gosto particular por ordenarem a roupa por cores e por estações e por tomarem conta de recém-nascidos. 

5 - Mulher!!! Não sei o que terá acontecido, mas ligaram-me da CGD a dizer que tinhas demasiado dinheiro na conta e que não têm mais espaço para guardar o teu dinheiro!

Ter dinheiro "fictício" ao ponto de não ter sido para o guardar parece-me fabuloso. Sendo que, depois de um parto, sabemos bem onde temos mais uns m2 onde podemos guardar coisas. Podem ficar algo sujas, mas nada que depois um Dettol não resolva.

 
4 - O miúdo é igual a ti, que sorte a dele!

Por muito que tenhamos escolhido o pai (às vezes acontece não termos escolhido, mas "compensa", vá), ficamos mais descansadas se forem parecidos connosco. Não, nós amamo-vos a sério que sim, mas... achamos sempre que somos mais perfeitinhas, até de cabeça (o único homem que esteja a ler isto que pare de se rir, sff). 

3 - Não vou pegá-lo ao colo só porque tenho saudades de bebés. 

Há muitas mães que não se importam e que adoram que os bebés sejam a batata quente daquele jogo quando éramos mais novos (a Joana Paixão Brás era um bocado assim, até emprestava a Isabel à senhora da portagem para procurar melhor se tinha trocos, na boa - não que as senhoras das portagens sejam perigosas, mas só por serem estranhas e, se calhar, por ser desnecessário). Porém, sendo que o bebé e a mãe acabaram de passar por um "trauma" e que provavelmente não irão beneficiar desse momento, o melhor é fazer a visita rápida, dizer que o puto é giro e voltarem para casa a tempo de ver a Pedra sobre Pedra (foi a última novela que vi, não tenho mais referências). 

2 - Apanhei ali a médica no corredor e ela disse que podes sair já amanhã. 

Não foi o meu caso. Confesso que houve um dia em que não queria sair porque estava aterrorizada porque achava que a criança ia morrer assim que ficasse só e exclusivamente a meu cuidado. No entanto, muitas mães só querem ir para o sossego do seu lar e que "a vida comece". Esqueci-me de tentar ter piada nesta, que chatice. 

1 - Vais ser uma óptima mãe. Nós sabemos. 

Ui. Mesmo a mulher mais segura do mundo, numa primeira "viagem" pelo menos, é mais provável que não esteja segura a 100%. Ouvir isto de quem nos conheça, de que estamos perfeitamente aptas para o ser, é um conforto gigante e que nos irá dar força para ultrapassarmos mais rápido algumas dificuldades. Quanto mais importante for a pessoa para nós, maior o impacto, mas qualquer pessoa ajuda nisto. 


Outra: se não souberem o que dizer, podem sempre sorrir, dar beijinho na testa da mãe, perguntar se podem ajudar nalguma coisa e sair. Sente-se o amor e carinho na mesma.

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8.21.2016

Ela não é perfeita.

Pode parecer. Pode parecer que é tudo óptimo e que não há problemas com a Irene, mas há. Se não houvesse é seria problemático. É normal haver "problemas", é normal haver crescimento e de todos, não apenas das crianças. 

A Irene é magnífica, divertida, inteligente, comunicativa, energética, compreensiva, mas... 

  • Faz uma birra enorme quando sabe que me vou assoar - não gosta de barulhos altos - não que eu me assoe alto que sou uma mulher cheia de classe (ahah) - mas esteve com quem se assoasse assim quando era pequenina e ficou com medo. 
  • Quando está frustrada, bate-me. - E é só a mim. Claro que "toda" a gente me faz a cabeça que é por ser eu a mais compreensiva e "branda" e lá lá lá, mas sabem noutra coisa que este blog é espectacular? Tenho reparado que acontece mais frequentemente com as mães por, no fundo - ahah não queria dizer nada isto porque sei que me pode trazer problemas - ser connosco que se sentem mais à vontade para mostrar o lado primitivo, vá. Atenção que ela nunca levou uma única palmada na vida, é mesmo "animal".
  • Diz que quer uma coisa para comer e, quando a damos, pede outra - Ui, se há algo que nos enerve de manhã é isto. Depois de fazer o pão com creme vegetal (sim, sou dessas) a miúda sai-se com "quero iogurte". Claro que podíamos não perguntar nada, mas continuamos a fazê-lo.
  • Apesar dos milhares de avisos, continua a atirar coisas para o chão - ela sabe que não deve e muitas das vezes é por falta de jeito, mas continua a fazê-lo, apesar das conversas. 
  • Sempre que perguntamos alguma coisa ou sugerimos, mesmo que queira, ela diz "não" - é sempre o primeiro contacto porque, vá, também culpa nossa, achamos piada das primeiras 10 vezes. 
  • Dizer que não queremos que ela mexa nalguma coisa porque "é do pai" e ela pega nela e vai dar ao pai - para poder mexer na mesma. 
  • Agora anda a dizer que não quer dormir à hora da sesta, apesar de depois adormecer facilmente quando convencida.
  • Não gosta que o Frederico e eu nos abracemos muito - achamos ainda alguma graça a esta. 
  • Se estivermos a conversar um com o outro e isso perturbar a sua actividade (ouvir o ipad, é um exemplo), não quer que falemos um com o outro.

Ela não é perfeita e ainda bem. Ninguém é e ela é alguém. Uma pessoa ainda em pequenino, mas já uma pessoa. 


Parece o gato das botas do Shrek aqui. 
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6.21.2016

Ouve lá a tua mãe.

Irene, estive para aqui a pensar e há algumas coisas que gostaria de te dizer. Não revires os olhos, anda lá cá à tua mãe, vá. 




- Se queres que algo seja segredo, não contes a ninguém. 

Sei que vai ser muito difícil e que temos aquela melhor amiga na qual podemos sempre confiar. Se for um segredo do tipo "dei um linguadão ao Jorge", podes contar. Agora, se for um segredo daqueles grandes, que não queres que ninguém saiba, CONTA À TUA MÃE imediatamente. 

- Não andes para aí a fazer a depilação às escondidas com a gillette da mãe. 

Até porque a mãe podia ser um bocadinho mais lavadinha e limpar melhor aquilo e não mereces tamanha bicheza. Além de que há outras soluções para disfarçar essas penugens que não andares a ceifar virilhas com 13 anos. 

- Não precisas de ter tanta roupa nova como a menina rica da turma. 

Vai sempre haver meninas que tenham mais roupa nova, mais relógios, telemóveis melhores, mães com mais classe. Porém, tu brilhas nas tuas calças mais antigas. A menina rica precisa dessas roupas todas porque não tem tanta piada como tu, nem consegue arrotar tão alto - o que é um dom. 



- A única coisa que perdes em sair à noite tão cedo é a tua virgindade. 

Deixa-te estar em casa a ver o Love on Top com a mãe. Diz que aquilo cria uma espécie de alergia pela espécie humana e, portanto, quando tiveres idade para sair à noite, optas menos pelos rapazes que tenham mais mamas que tu. 

- Afasta-me essas mamas!

Filha, não cedas à pressão das tuas mamas terem de parecer um rabo de um bebé. Elas são lindas cada uma para seu lado. Pensa que, se esconderes os mamilos nas axilas, até poderás um dia não precisar de usar soutien. 

- Borrifa-te para os crop tops!

Tens barriguinha e não ficas tão bem de crop tops como as tuas coleguinhas de turma? Diz à mãe que a mãe começa a deixar-te levar um pacotinho de leite gordo para lhes dares ao lanche, Ficam logo mais inchadinhas. Levas também um frasco só de glúten (qualquer dia já há à parte para por a gosto) e começas a polvilhar por cima da comida delas. 

- O rapaz mais giro da turma é gay.

Não desesperes. Se o rapaz mais giro da turma não te ligar nenhuma é porque é gay. Se não for, passa a ser. Se se enrolar com uma colega tua, é gay na mesma mas está a disfarçar. Se se enrolar com duas é para disfarçar ainda melhor porque é ainda mais gay. 

- Não sejas daquelas que pedem carregadores.

Anda com um carregador atrás, mas sem dizer a ninguém. O mundo tem de perceber que, se quer carregar o telemóvel, tem de arranjar maneira de o fazer. Já estamos a conseguir acabar com os "crava nights" agora é com os crava carregadores. 



- Ri-te das tuas próprias piadas. 

Que parvoíce esta mania de não nos podermos rir daquilo que nós próprios dizemos. Tem mais graça se parecer que estamos a falar a sério e que fomos apanhados desprevenidos com os risos dos outros? Nada é mais bonito que uma mulher a rir. Se for uma mulher a rir das suas próprias piadas ainda mais giro, quer dizer que disse umas quantas. 

- No ginásio não sejas púdica.

Todas nós dizemos que não queremos ver as vaginas umas das outras no ginásio (bem, nem todas), mas essas afirmações creio que esconderão sempre uma certa admiração pela liberdade que elas têm de andar com elas de um lado para o outro como se fizessem parte do seu corpo. A tua vagina faz parte do teu corpo e as mamas também. A não ser que tenhas uma vagina na testa e que não seja tua. 

- Não cedas à pressão de ser um conguito. 

Chegou o Verão e ainda não tens as pernas bronzeadas? Usa saias na mesma, usa vestidos na mesma. Quem disse que só quando temos outra cor que não a NOSSA é que podemos usar roupa? Tens as pernas brancas? Usa vestidos pretos, vermelhos, o que for que te vão ficar ainda melhor. 




- Usa o cotovelo no autocarro. 

Se andares num autocarro mais cheio e sentires uns quantos senhores de mais idade a aproveitarem-se disso, usa a táctica do cotovelo na anca para os afastar. Senão, tens a autorização da mãe para dizer em voz alta "Olhe, desculpe lá, será que tem mesmo que se roçar no meu rabo?". Verifica primeiro se há realmente mais algum espaço disponível para não fazeres figura de ursa.

Vá, agora vai lá à tua vida, A mãe depois diz-te mais coisas. 

Gosto muito de ti, está bem? 



4.26.2016

Se eu tivesse dinheiro "a mais"...

Não tenho dinheiro a mais. Aliás, nem sei se esse conceito existe para uma mulher. Não há "dinheiro a mais", sabemos sempre o que fazer com ele e conseguimos sempre argumentar que são coisas que "precisamos". 

Abstraindo-me do que seria politicamente correcto dizer (ex.: salvar o mundo da pobreza e da fome) e para não ser chicoteada como a Joana Vasconcelos por causa daquela promo da RTP, vou apenas cingir-me ao meu imediato do quotidiano até porque isto acaba por ser um blogue de maternidade (o melhor, claro) e não um blogue de generalidades politicamente correctas. Pretendo que seja um exercício light e ligeiramente cómico e não uma lição de sensatez e de humildade, está bem? Bem, com tanta ressalva já estou a ser mais chata que as pessoas aborrecidas que vêm para aqui comentar só para explodir um bocadinho (os namorados delas têm muito que nos agradecer - DE NADA, façam mais amor!).


Se eu tivesse dinheiro "a mais" e esta ordem é ditada sem pensar: 

  • Fazia uma limpeza à barriga - não quero dizer com isto que está suja e que tem borboto no umbigo. Era mesmo aspirar esta trampa toda e coser, só para durante alguns meses (visto que iria continuar a comer porcarias) saber o que é andar de crop top ou de poder usar roupas justas sem pensar na cinta modeladora que até safa minimamente a Oprah. 
  • Comprava uns ténis New Balance sem serem falsos - Epá, caí na esparrela de mandar vir de uma página no Facebook que até me parecia credível (a página, entretanto desapareceu, seus filhos da...) e pude constatar que são mais baratos por serem uma valente... 
A maior parte deles é feia, mas quando são giros, são mesmo.

  • Pagava todas as mensalidades da escola da Irene até à 4ª classe só para não ter a chatice de receber e-mails mensalmente.
  • Comprava a banca da Benefit da Sephora - só naquela de nunca mais me faltar nada da marca. 
  • Comprava um mini - aliás, porque estou armada em pobre? Comprava um mini de cada cor para combinar com as minha lingerie. Lingerie essa que...
São 32 destes, sff. 

  • Comprava toda uma Victoria Secret. Nem sei se há lojas por cá, se não há... mas o pessoal que é fino diz que é bom e, portanto, se tiverem tamanhos para pessoas normais, gostaria de usar.
  • Fazia depilação definitiva no bigode (o meu é um bigode e não um buço), virilhas (não faria o pipi todo porque sei lá se a moda depois não muda e depois fico tipo as pessoas que fizeram as sobrancelhas só ficarem com uma linha de pêlo e agora, com a nova moda, parece que saíram de uma sessão de radioterapia - não, não estou a gozar com as pessoas que fazem radioterapia, que chatice!) .
  • Punha tudo o que tenho na despensa em frasquinhos com etiquetas giras - penso tão baixinho, não é? Imaginem o quanto deliro quando entro na Tiger. Deliro menos quando vejo as tampas todas enferrujadas de irem só uma vez à máquina.
  • Mandava vir TUDO da Zara, até mesmo coisas que não me servissem, só para arrumar tudo direitinho no meu...
  • CLOSET DO CARAÇAS!!! - Até estou ofendida comigo própria por só me lembrar agora desta hipótese! Isto está em primeiro lugar, mais do que tudo o resto, que parvoíce. Uma coisa é certa: não quis desde sempre ser mãe, mas sempre sonhei ter um closet. 
Não seria com esta bimbalhada de aspecto, claro.

  • Comprava um computador novo que o teclado do meu foi para o galheiro e querem levar-me 300 euros para pôr um novo. 


Bom, para o comum dos mortais hão de faltar aqui viagens pelo mundo inteiro e coisas que tais, mas foi só mesmo isto que me veio à cabeça (AHHH! Outra: MAMAS NOVAS!). 

E vocês? Se tivessem dinheiro "a mais"? Sonhar não é proibido...

4.17.2016

Estás grávida se...

1 - tiveres feito amor ou, então, se tiveres conhecido algo que se chame de Espírito Santo e tenham feito essa marotice, mas que lhe tenhas dado outro nome.

2 - de repente, já não consegues encolher a barriga nas fotografias. Bem tentas, mas não tens controlo nela, muito à semelhança da consequência de ingestão de uma pizza inteira cheia de queijo por um intolerante à lactose. 

3 - começas a olhar com um ar guloso para camisolas de riscas horizontais justas. Nunca usarias aquilo na vida, não fica bem a quase ninguém, mas é agora que vais usar e é agora que deves usar. É uma espécie de farda da gravidez. 

4 - andas com um ar de que os problemas dos outros não te podiam afectar menos. Estás a gerar vida, estás a "começar" a tua vida (é o que algumas sentimos) e queres lá saber o que o teu chefe pensa de não terem aparecido a horas para uma reunião.

5 - começas a querer fazer mais amor e de uma maneira que só a Bernardina compreende. 

6 - pensas que tomar ácido fólico é algo comovente porque está ligado, de forma muito amorosa, ao teu bebé, ao vosso futuro em casal. 

7 - os teus mamilos começam a escurecer ao ponto de parecer que levaste com dois balázios nas mamas. 

8 - o teu pipi começa a engordar como se andasse a comer kinder supresa às tuas escondidas. 

9 - ouviste falar que se te deitares para o lado esquerdo/direito (há teorias) faz mal ao bebé e, portanto, privas-te disso durante meses e meses. 



10 - entras moderadamente em pânico por não perceberes a diferença entre bodys e babygrows nas listas para a maternidade.

11 - até achas graça o teu cocó sair preto porque sabes que é do Folifer.

12 - apesar de teres prometido a ti própria não abimbalhar muito, já estás num ou 30 foruns para mães na internet e uns 42 grupos sobre isso no Facebook. 

13 - todos os dias achas imbecil a forma como se contam as semanas de gravidez

14 - começas por ler um livro do Dr. Mário Cordeiro e ainda achas que ele tem sempre razão.

15 - alguém te diz que canela e chá verde são abortivos e, por isso, nunca mais lhes tocas e fazes questão de dizer a toda a gente, mesmo que não tenham útero. 

16 - tens sonhos muito bizarros.

17 - tens uma daquelas almofadas de maternidade enormes tipo salsicha porque disseram que ajudava dormir com aquilo, mas nunca te ajeitas realmente. 

18 - sangras um bocadinho do nariz de vez em quando sem razão aparente.

19 - limpar o rabo ou o pipi passam a ser desafios maiores do que fingir que ouvimos aquela nossa amiga a queixar-se vezes sem conta do namorado, mas que continua lá a afunçanhar (eu sei que isto não existe) vá se lá saber porquê.

20 - Tiveres, pelo menos, um bebé dentro da tua barriga.


*Todas as gravidezes são diferentes. Há quem odeie estar grávida, há quem fique eufórica, há quem não saiba até parir. Há quem se sinta grata, há quem se sinta amaldiçoada, há quem não sinta nada por estar cheia de dores. Isto é uma brincadeira em que peguei na minha própria experiência, sendo que, apesar do desafio, certificava-me sempre que limpava muito bem as minhas partes. Ok? Pronto. Agora também, mesmo não estando grávida. 

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