4.30.2016

Descontrolei-me toda.

Cheguei ao Alegro umas duas horas antes. Para quê, para quê? Para comprar a roupa que iria usar no lançamento do livro, na Fnac. Sim, muito previdente, sempre. Vesti uma Zara inteira e lá encontrei O macacão. Zero de fotos para vos mostrar o modelito, mas gostei. Por pouco não aparecia com a etiqueta. Onde é que me maquilhei? Na casa de banho do shopping mesmo, uns 25 minutos antes da hora. Quando acabei de me maquilhar senti que tinha perdido o cartão multibanco. Não me lembrava do momento em que o tinha deixado de ter na mão. Vai de esvaziar a mala duas vezes, de começar a escorrer em suor e de ter aqueles calores loucos das grávidas. Não pari ali por pouco. Estava na Parfois, felizmente. Isto tudo a minutos de apresentar o nosso livro. Boa, Joana. Até já estavas calma, até nem conseguiste almoçar nada de jeito, era mesmo disto que precisavas. Respira fundo. Já passou.












Adorei a experiência. Estava toda feliz por ter ali por perto as minhas "mamãs de março", a família, os amigos, gente que eu não via há imenso tempo e muitas leitoras mães, grávidas (e até quem ainda não o seja!) que se deslocaram até ali para nos dar força. A sério, que coisa boa.

O Raminhos é sempre aquela base (obrigada por teres ido apresentar o livro, no meio da tua vida caótica, pá!) e o ambiente estava descontraído, como era de esperar. Rimo-nos muito. Tinha de chegar o momento dos agradecimentos a la Oscars para aqui a chata de serviço se ter descontrolado. Não, não fiz chichi. Chorei e solucei, quando falei na minha mãe e no meu maridão. Misturado com aquele riso nervoso de quem se está a tentar controlar e a querer disfarçar. Estão a ver os maluquinhos a rir e a chorar simultaneamente? Euzinha. Mas sabem que mais? Até isso deu emoção à coisa e acabámos por "ser ali o que somos lá fora". Sim, muito como no Big Brother, mas com seios piores.

A Joana Gama enche uma sala (mesmo estando magra e linda) e eu tenho um enorme orgulho em estar neste projecto com ela e de ser amiga dela. Não, Joana, não recomecei a chorar.

A Marcador, a nossa Editora, foi incansável e pensou em pormenores giríssimos para este dia. Obrigada por terem apostado em nós! <3

E já chega. Ficava nisto mais uns 290 parágrafos, mas tenho de ir dormir, que o dia foi longo. Obrigada a todos.

Senti que o traí.

Se vai ser um post estúpido? Epá, vai. 

No outro dia, de manhã, decidi ir ao Starbucks do Rossio. Não costumo, evito ao máximo porque me vicio facilmente nas coisas e aquilo não faz bem a ninguém, de certeza. Porém, estava tão bem disposta (por nenhum motivo) que me apeteceu celebrar. 

Tinha um casaquinho de "cabedal" novo e devia estar a andar toda gingona como quando andávamos apaixonadas por um tipo novo na escola. Cheguei lá e como adoro ser confundida com uma camone (não me perguntem porquê mas gosto que achem que sou estrangeira, apesar de adorar o nosso país e tal, 'tá) esperei que fosse primeiro o barcoiso a falar comigo. 

Lá pedi um Exclusivo Tall menos quente com soja mas com natas na mesma e disse "pronto, acho que de mariquices é tudo.".

Ele riu-se e disse: "e o seu nome?". 

Calma que eu sei que perguntam o nome a toda a gente por lá. 

Depois disse: "A Joana é muito bonita.".

E eu... que RARAMENTE fico sem palavras, fiquei. Fiquei toda contente por dentro (ficamos sempre, não é?), mas muito desconfortável por raramente me sentir envergonhada e não saber mesmo como agir naquele momento. Olhei para o chão, sorri e disse "eheh... obrigada". 

"Bom dia, Joana.". 

"Eu até retribuiria se estivesse a usar uma placa com o seu nome!". 

"Sou o Ricardo". 

"Bom dia, Ricardo". 

E depois fui muito rápido para o fundo do balcão buscar a porcaria do chocolate quente a rezar que todo o betume que tinha posto na cara de manhã chegasse para encobrir o facto de estar corada até às orelhas. 

Saí, dei o meu melhor para fazer uma saída tranquila, sem tropeçar aqui ou ali e... estava tão quentinha e nervosa que tive de contar ao Frederico! hahah

"Frederico, só para te dizer... o senhor do Starbucks disse que eu era muito bonita". 

Claro que foi porque achei "melhor" contar (apesar de não ter nada que contar, que parvoíce), mas foi também para ele perceber que aqui a moça ainda se mete no mercado facilmente se quiser e, melhor, tem chocolate quente de graça!!! ;)



NÃO QUERO SABER SE JÁ LÁ FORAM E SE TODAS OUVIRAM DE UM TIPO CHAMADO RICARDO QUE SÃO MUITO BONITAS!! 

Agora sou mãe?

Não sei porque é que às vezes me sinto mal por sentir isto se, ao mesmo tempo, sinto que deve ser normal. 

Às vezes, quando a contemplo (especialmente quando está a mamar e está tudo mais calmo), a minha cabeça parece que apaga os dois últimos anos e deixa de fazer ponte entre a Joana antes de ser mãe e a que está ali, acabada de chegar do trabalho e a amamentar a filha. 

"Como é que isto me foi acontecer? Onde estou eu? Agora sou mãe? Está a correr bem?"

É como se fosse aquele choque de temperatura quando entramos de cabeça numa piscina, do nada. 

Todo o corpo congela, dizemos três asneiras para dentro (se abrirmos a boca, somos capazes de nos engasgar), mas depois sabe-nos muito bem e pensamos "estava com merdas para quê?". 

Dei um grande mergulho de cabeça nos últimos 3 anos. Casei-me quando nunca tinha pensado nisso, engravidei quando tinha passado os últimos anos a dizer que nunca na vida seria mãe e cá estamos a escrever um post num blogue de maternidade (não é "num" que este é do caraças). 

A Joana "antiga" está cá, sou a mesma. Acho que finalmente o pós parto está a acabar. Deixei de estar em modo de sobrevivência e de estar constantemente a pensar no que falta, no que posso melhorar, no "será que ela tem fome" e estou a voltar a mim aos poucos. Que "mim" é este, pergunto? Sou mãe da Irene e mais? A Joana antiga seria mãe de alguém? Ou é esta a Joana nova? 

Claro que não estou louca (acho que já não) e eu sou uma continuidade do que sempre fui, mas sinto mesmo que, aqui pelo meio, há um buraco, houve um vórtex. 

Lembro-me perfeitamente, porém, dos sonhos esquisitos que tive nos primeiros meses. O meu corpo e a minha cabeça a dizerem-me que agora tenho um bebé e que tenho de cuidar dele. Aceitei e desfruto, mas entrei agora numa nova fase. 

Quem é esta mulher que está adorar sentir-se outra mas, ao mesmo tempo, a mesma só que melhor? 

A Irene sujou-se toda a beber sumo. Achei melhor explicar que vocês reparam em tudo! 

Vocês também têm estes "choques de temperatura" ou no nosso próximo livro vamos ter que fazer um novo capítulo sobre o meu "fritanço"? 

Manual de boas maneiras para HOJE.

Quase que tremo de suores frios ao imaginar a FNAC do Alegro de Alfragide hoje totalmente vazia. Vazia ao ponto de conseguirmos ouvir os livros a respirar. Todos. 


Com sorte tal não vai acontecer. E, por isso, é que convidámos também o Raminhos, que sempre leva algumas pessoas, mais que não seja porque sabe dançar muito bem. 

Hoje é o dia do lançamento do nosso livro e, por isso, achamos bem (achei eu que nem falei com a outra Joana) em esclarecer aqui umas coisinhas:

- A Joana Paixão Brás é a grávida. 

- A Joana Gama é a não grávida.

- A filha da Joana Paixão Brás é a Isabel e a que está "no forno" é a Luísa.

- A minha filha chama-se Irene. 

- Têm todas de nos vir falar, sim. Nós queremos conhecer-vos. Andamos a escrever para vocês há mais de um ano e queremos conhecer quem sabe (quase) tudo da nossa vida. 

- Têm de dizer qual das duas é a vossa preferida porque estamos a fazer uma sondagem para ver qual das duas é expulsa da casa na Gala de Domingo.

- Têm de ficar mais histéricas connosco do que com o Raminhos - não queríamos mesmo que ele nos ofuscasse num dia tão importante para nós. Já lhe pedimos para ir vestido. 

- Há de lá estar uma coisa que é um livro para vocês agarrarem e para levarem convosco para casa. Têm de dar algum dinheiro aos senhores da loja, mas isso é lá entre vocês e eles. 

- Tirem fotografias connosco, queremos muito um dia olhar para trás e lembrarmo-nos que havia pessoas que gostavam de ler o que nós escrevíamos... ;)

Só me vem isto à cabeça. 


Alguma pergunta? 

Até já!


4.29.2016

Declaração de amor (com vídeo)

Há coisas que são íntimas, só nossas. Sussurros secretos que nos alimentam. 
Há outras que faço questão de gritar ao mundo. O mundo precisa de histórias de amor. Da nossa. 
Às vezes esquecemo-nos do ano em que nascemos juntos. Ainda há dias nos questionávamos se seriam seis ou sete anos. Somos péssimos com contas. Já o dia é impossível esquecer. Os dias que se seguiram. Os primeiros concertos juntos, no Porto. As viagens para a Costa naquela tua carripana bordeaux a lascar, de janela aberta. As primeiras férias, em Tarifa. O T1 tão pequeno, mas tão grande para dois apaixonados. Passar uma tarde inteira no cinema a ver filmes: uma comédia romântica manhosa para mim, outro mais para a cabecinha para ti. Os hambúrgueres que levávamos, de forma ilegal, para as salas. A tua primeira viagem de avião, em que me ias arrancando a mão. As gargalhadas. Muitas, muitas. Os projectos, os trabalhos, o orgulho um no outro. As dezenas de coisas que perdemos ou nos esquecemos em algum lado. Nunca nos esquecemos do que verdadeiramente importa. O respeito, o diálogo, o carinho. Fomos crescendo juntos. Acho que, apesar de aos 20 e picos já termos idade para ter juízo, passámos de adolescentes a adultos lado a lado. Adultos q.b. Somos parecidos - para o bem e para o mal - em muita coisa. Imaturos e desleixados nas burocracias da vida. Crescidos na alma, nos sentimentos, no amor. E foi desse amor que nasceu uma família, que continua a crescer. Renascemos juntos num dia 16. E renasceremos de novo, em breve. 




O meu maior sonho cumpre-se todos os dias. Ter-te ao meu lado. Ter-te como namorado. Ter-te como pai das minhas filhas. Tudo com que sonhei. 

Parabéns, meu amor!


E agora, porque o dia é de festa, vou substituir a pianada e a lagriminha que já caiu por aqui por isto:
Um vídeo publicado por Joana Paixão Brás (@joanapaixaobras) a


4.28.2016

A minha filha é da realeza.

Chegaram a ver esta foto do Prince George?


Também temos disto. Só deu foi para ter dinheiro para o robe, não há cá pijama da Coup de Coeur ou lá o que é, nem pantufas. 


Nunca pensei mas...

Se alguma vez pensei que fosse começar a ir ao Celeiro comprar comida biológica ou preocupar-me minimamente com os ingredientes dos produtos que nós usamos.

Foi preciso ter uma filha. 

Foi preciso ter uma filha para pensar na quantidade de sal que o pão tem, que não pode comer só fruta sem mais nada por causa da glicémia, que tipo de água de beber, os produtos do banho... 

De repente andamos todos a comer muito mais saudável lá em casa e dou sempre o melhor para encontrar e dar os melhores produtos à Irene. 

A última foi passar a usar uma pasta de dentes orgânica. Já sabiam que existe? 


Foi uma oferta da Origami Kids (não conhecia) que além do copo de bambú e arroz e da escova e da pasta, também foram fofos ao ponto de me escreverem uma carta (à mão) a explicar porque é que começaram esta aventura e, realmente, coincide com as minhas preocupações. 

Também quero que a Irene tenha o mais natural possível, o melhor. Ainda vou ver se vou fazer compras no site deles (este). 

Vocês também aderiram a esta "moda" do natural, do biológico por causa dos bebés ou são mais "descontraídas"? ;)

E começa a loucura!

Ter duas pintainhas vai dar nisto.

Uma foto publicada por Joana Paixão Brás (@joanapaixaobras) a


Adorei este matchy matchy* numa onda mais boho, da InnyFoge aos rosas (que, claro, não vão escapar) e diz que o amarelo torrado está na moda. :) 

Mal posso esperar para as ver nisto! 💛

*sim, vão ter de levar com esta expressão irritante algumas vezes, porque a pirosada boa de as vestir de igual está para durar

4.27.2016

Alguém anda com a mão demasiado leve...

A Isabel é uma fofinha, olhos doces, super carinhosa ao ponto de beijar os cães de alto a baixo, toda abraços, mas anda numa de bater. Bate-nos a nós, bate na mesa, bate no que estiver mais à mão nos momentos de contrariedade e frustração. Sei que é normal, que faz parte do crescimento, mas por vezes é-me difícil lidar com a situação.



Não lhe bato de volta porque - já expliquei aqui - não me parece lógico mostrar-lhe o mesmo comportamento, se lhe quero explicar que não se deve bater e porque violência gera violência. Além disso, não me é natural. Apesar de me roer toda por dentro, não quero magoá-la. Tento ajudá-la a passar aquele momento de zanga, mostrando-lhe empatia. "Sei que estás zangada, a mãe percebe, mas não se bate. Tautau nunca. A mãe não bate, o pai não bate, a avó não bate. Ninguém bate. Somos todos amigos. Só beijinhos, festinhas e abraços." Às vezes, só falar, de forma calma, não resulta e digo-lhe que fico triste com a situação, faço cara feia, digo que aquilo me faz dói-dói e que a mãe gosta e fica contente é com beijinhos. Resulta quase sempre num abraço e numa festinha que ela me dá e lá se acalma. Mas não resolve. No dia seguinte, está a fazer o mesmo. O que eu queria mesmo era que ela deixasse de bater efectivamente, mas eles, com dois anos, não estão preparados para processar as emoções, de forma controlada, pelo que vou ter de esperar. Respirar fundo e pedir, aos céus e a mim própria, muita paciência.

Ora, fez-me bem ler este texto do blogue Parentalidade com Apego, que de vez em quando vou espreitando e de que gosto muito, para perceber até as razões fisiológicas para o ato de bater. Adorei a questão da "tampa" no cérebro, o modelo cérebro-mão e de relembrar (como eu adorava as aulas de psicologia do 12º ano!) o córtex e o sistema límbico. A questão do desenvolvimento dos sentimentos mistos é super, super interessante. "Só a partir dos cinco anos de idade é que córtex cerebral começa a desenvolver-se o suficiente para que a criança comece a ser capaz de sentir estas duas coisas opostas e aparentemente contraditórias ao mesmo tempo: detesto-te neste momento mas sei que gosto muito de ti e não te quero magoar. Então tudo que precisamos de fazer é dar-lhes tempo para chegarem até aqui", pode ler-se.

É um texto grande, mas vale mesmo a pena. Caso estejam a passar pelo mesmo, leiam e pode ser que até encontrem alguma ajuda para ultrapassar esta fase. :)

Coisas que (não) têm acontecido

A Isabel dorme uma noite inteira, seguida de uma noite em que grita e chama por mim como se o mundo estivesse a acabar (mesmo comigo ali ao lado e a tentar dar-lhe colo). Devem ser pesadelos ou terrores nocturnos ou dentes, ainda não consegui perceber, coitadinha.

Eu estou com um bocadinho menos líquido amniótico do que seria o "óptimo", por isso tenho de beber mais água e repousar mais, coisa que, com uma filha de dois anos, duas viagens por semana a Lisboa (sim, eu sei que não estou na Régua, mas...) e uma casa de campo, sem empregada, nem sempre é fácil cumprir.

Tenho tomado ferro e tenho feito um coc... Esqueçam. 

Está na hora de começar a preparar a mala de maternidade e a da Luisinha e eu nem as roupas tenho ainda lavadas. (Por falar nisso, preciso de comprar soutiens de amamentação. Onde compram/compraram os vossos?)

Ainda não decidimos em que hospital temos a miúda, se no Hospital da Luz (com a minha querida médica, se der), se no Hospital de Santarém, mas é coisa que não me tem preocupado minimamente (o parto é algo que - graças a Deus - não me deixa muito nervosa e espero que corra bem, onde for). 

Por outro lado, estou cheia de receio de ter dores com o exame do streptococcus, depois da experiência horrível que tive na primeira gravidez (sim, a enfermeira magoou-me muito com a porcaria de um cotonete).

Disse que ia meter-me no Pilates e fazer a parte prática da preparação para o parto mas ainda nem uma, nem outra. Ando desleixada.

Fiz um babyshower para a Luísa - coisa em que nunca pensei vir a meter-me -, mas gostei muito de ter ali as minhas amigas [amigos também foram] para celebrar a minha filhota número dois, que está quase aí e eu às vezes acho que ainda não caí em mim. 

Tenho uma hérnia umbilical e a médica sugeriu que, depois do parto, consultasse um cirurgião. (Mais alguém?)

Vou inscrever a Isabel na natação.  

É isto. Levaram com a minha checklist/ lista de pensamentos e novidades de uma forma sequinha, ou não estivesse eu a escrever isto na A1 e prestes a vomitar-me toda. Haha 

Calma, não vou a conduzir. 

4.26.2016

Esqueçam tudo o que disse antes, por favor!

É como me sinto agora. Estou doente desde sexta-feira. Veio a instalar-se devagarinho em mim algo que inicialmente julguei ser uma crise alérgica e agora que tenho a certeza que será algo pior. Mesmo assim, mãe que sou, tentei fazer a minha vida (a nossa) como se nada se passasse e a Irene foi à aula de música, à praia, à festa da Luísa da Joana Paixão Brás, tudo. 

Sábado à noite a Irene já tinha uma ranhoca pequenina a fazer das suas, mas decidi ignorar porque as "alergias" não se pegam, blá blá. Ontem já tive que inclinar o colchão para ela conseguir dormir alguma coisa sem se engasgar com o que anda a passar nas vias respiratórias. 


Irene a mamar constipadita (ou lá o que é)

Se já no dia a dia nos sentimos cansadas, exaustas, exauridas por temos a vida de uma "mulher" normal e ainda lhe acrescentamos o outro full-time que é ser mãe, nestas alturas em que estamos doentes e a nossa filha também, os outros dias parecem peanuts. 

Relativizar. 

Mezinhas para além de soro e de levantar a cabeceira, são bem-vindas para a Irene sofrer menos com a ranhoca constante. ;)


"A gravidez está a fritar-te o cérebro"

Parece que hoje é o Dia Internacional do Anónimo, pelo destaque que estamos a dar à espécie (houve post daquela nossa rubrica gira de manhã), mas apeteceu-me fazer um movimento "Libertem a gravidez!" ou "Libertem as grávidas!". Já não é a primeira vez que anónimos fofinhos me deixam este comentário (ou sempre a mesma, who knows?). Vamos a ver se nos entendemos.

Não é a gravidez que me está a fritar o cérebro. Quando muito, ele já está frito há uns bons anos (e não foi à conta de coisas que fazem rir, por acaso nunca me deu para aí).


Não noto especial alteração em mim - nem os que me rodeiam (ou então andam cheios de medo que os assassine à paulada e nem comentam) - a não ser em duas coisas: andar mais esquecida (ou cansada, ou ambas), mas até para isso tenho posto lembretes e notas no telemóvel até mais não. E estar mais feliz. De resto, a mesma. Continuo a ser sensível, lamechas, chorona, pirosa, bimbalhona, parva. Nada mudou.

Não vamos culpar a gravidez de tudo o que nós ou os outros possam não gostar em nós.

#deixemagravidezempaz #hormonalsempre #pirosa4ever #naogostaspoenabordadoprato

Se eu tivesse dinheiro "a mais"...

Não tenho dinheiro a mais. Aliás, nem sei se esse conceito existe para uma mulher. Não há "dinheiro a mais", sabemos sempre o que fazer com ele e conseguimos sempre argumentar que são coisas que "precisamos". 

Abstraindo-me do que seria politicamente correcto dizer (ex.: salvar o mundo da pobreza e da fome) e para não ser chicoteada como a Joana Vasconcelos por causa daquela promo da RTP, vou apenas cingir-me ao meu imediato do quotidiano até porque isto acaba por ser um blogue de maternidade (o melhor, claro) e não um blogue de generalidades politicamente correctas. Pretendo que seja um exercício light e ligeiramente cómico e não uma lição de sensatez e de humildade, está bem? Bem, com tanta ressalva já estou a ser mais chata que as pessoas aborrecidas que vêm para aqui comentar só para explodir um bocadinho (os namorados delas têm muito que nos agradecer - DE NADA, façam mais amor!).


Se eu tivesse dinheiro "a mais" e esta ordem é ditada sem pensar: 

  • Fazia uma limpeza à barriga - não quero dizer com isto que está suja e que tem borboto no umbigo. Era mesmo aspirar esta trampa toda e coser, só para durante alguns meses (visto que iria continuar a comer porcarias) saber o que é andar de crop top ou de poder usar roupas justas sem pensar na cinta modeladora que até safa minimamente a Oprah. 
  • Comprava uns ténis New Balance sem serem falsos - Epá, caí na esparrela de mandar vir de uma página no Facebook que até me parecia credível (a página, entretanto desapareceu, seus filhos da...) e pude constatar que são mais baratos por serem uma valente... 
A maior parte deles é feia, mas quando são giros, são mesmo.

  • Pagava todas as mensalidades da escola da Irene até à 4ª classe só para não ter a chatice de receber e-mails mensalmente.
  • Comprava a banca da Benefit da Sephora - só naquela de nunca mais me faltar nada da marca. 
  • Comprava um mini - aliás, porque estou armada em pobre? Comprava um mini de cada cor para combinar com as minha lingerie. Lingerie essa que...
São 32 destes, sff. 

  • Comprava toda uma Victoria Secret. Nem sei se há lojas por cá, se não há... mas o pessoal que é fino diz que é bom e, portanto, se tiverem tamanhos para pessoas normais, gostaria de usar.
  • Fazia depilação definitiva no bigode (o meu é um bigode e não um buço), virilhas (não faria o pipi todo porque sei lá se a moda depois não muda e depois fico tipo as pessoas que fizeram as sobrancelhas só ficarem com uma linha de pêlo e agora, com a nova moda, parece que saíram de uma sessão de radioterapia - não, não estou a gozar com as pessoas que fazem radioterapia, que chatice!) .
  • Punha tudo o que tenho na despensa em frasquinhos com etiquetas giras - penso tão baixinho, não é? Imaginem o quanto deliro quando entro na Tiger. Deliro menos quando vejo as tampas todas enferrujadas de irem só uma vez à máquina.
  • Mandava vir TUDO da Zara, até mesmo coisas que não me servissem, só para arrumar tudo direitinho no meu...
  • CLOSET DO CARAÇAS!!! - Até estou ofendida comigo própria por só me lembrar agora desta hipótese! Isto está em primeiro lugar, mais do que tudo o resto, que parvoíce. Uma coisa é certa: não quis desde sempre ser mãe, mas sempre sonhei ter um closet. 
Não seria com esta bimbalhada de aspecto, claro.

  • Comprava um computador novo que o teclado do meu foi para o galheiro e querem levar-me 300 euros para pôr um novo. 


Bom, para o comum dos mortais hão de faltar aqui viagens pelo mundo inteiro e coisas que tais, mas foi só mesmo isto que me veio à cabeça (AHHH! Outra: MAMAS NOVAS!). 

E vocês? Se tivessem dinheiro "a mais"? Sonhar não é proibido...

4.25.2016

Olha m'esta (#02) - Ai tão giro ir à televisão.

"Cá estou de volta, não me consegui conter. Sei que é difícil para algumas de vocês perceberem porque é que dou tanto de mim a este blogue se, por mim, bem que podiam ser atropeladas por um camião da Luís Simões. Porém, estou tão a borrifar-me para o que vocês acham ou deixam de achar como para o facto destas duas pindéricas lançarem um livro. 

Um livro - dizem elas. Dá-me tanta vontade de rir que quase que me sai o rolhão que não tenho. Compilar textos de um blogue em que escreveram às três pancadas, não é escrever um livro. É compilar cocó. Dar-vos-ia mais valor se tivessem pegado nas fraldas das vossas filhas e se as tivessem empilhado em T - ficaria melhor que 70% das instalações que já vi. Ponham-lhe uns tampões em cima e fica uma obra da Vasconcelos. Sendo que as "obras" orgânicas da Vasconcelos deverão ter realmente o tamanho dessa instalação. Não odeio gordas, como anda aí um programa qualquer de televisão a fazer pensar, acho que são boas a rir. Não há gargalhadas como as das gordas. É um misto de alegria contagiante com uma espécie de suspense para ver se se engasgam com um pedacinho de frango que estaria a equilibrar-se num dos pulmões. Quem comprar esse livro está a comprar a internet em folhas. Elas vão continuar com os textinhos do livro publicados no blogue e vocês vão comprar para quê? Matar umas árvores? Para isso ponham-nas a ler este blogue que elas vão para ao pé de um eucalipto para morrerem devagarinho. 

No outro dia foram à televisão. Uma diz que não janta fora há dois anos porque ainda amamenta a criança, que a miúda está habituada a que vá só ela durante a noite mas, de repente, surge um convite para ir à televisão e já tanto dá se a miúda mama ou se vai mais para um ensopado de borrego. A outra, diz que tem uma vida muito complicada agora que mora em Santarém, que não pode vir a Lisboa só porque sim, mas por ir à televisão quase que até se mudou cá para baixo outra vez. 

Vamos falar das escolhas de roupa das meninas, vamos? Eu vou. Vocês falem do que vos apetecer. Uma sabe que não se sabe vestir e, então, foi com a roupa mais simples do mundo: umas calças de ganga e uma camisola larga. Larga porque deve ter sido para ter espaço para roubar tudo o que havia no catering na produção. A miúda é trafulha. Articulada, mas só para disfarçar o ananás que pôs na camisola (esperemos que tenha sido aí que o tenha posto). Não, a verdade é que, apesar da dieta milagrosa e de ter perdido 45 kgs, continua a ter barriga de grávida de 14 meses. A outra Joana decidiu ir de preto porque quis mostrar a toda a gente que costuma trabalhar em televisão e sabe qual é a cor que resulta melhor, não vá fazer "batimento" e parecer que tem uma psicadélica vestida. É parva. Grávidas de preto parece que foram um "atropelamento e fuga" ou, neste caso, "fecundamento e fuga". Eu perceberia. 

Não me vou debruçar sobre a apresentadora porque ela ficaria louca só por me ver um pouco do decote. Vou sim falar sobre a informação mais imbecil, mais ignorante que poderia alguma vez ter saído da boca de uma delas. A propósito do convidado Heitor Lourenço, que gosta muito de viajar, a apresentadora perguntou às Joanas se elas gostavam de viajar (também lhes perguntou se já tinham sido confundidas com terroristas - que, mais uma vez, estou a dar o meu melhor para não me alongar nisso). A mais previsível disse que sim. A outra imbecilóide quis parecer pseudo-intelectual, mas acabou por mostrar a sua verdadeira essência: pita egocêntrica. "Ai, eu não gosto de viajar, porque tenho tanto mundo em mim que quero conhecê-lo primeiro". Isso é o quê? Leste um bocadinho do livro do filosofia do 9º ano e decoraste para ires parecendo interessante ao pé de adultos ou é só uma pequena patologia a brotar para o teu lado mais social? Cuidado. Pior que isso só a queixadinha com que ficas a falar que, caso chova um bocadito, ficas com a boquinha ensopada. 

Também se falou de um pipi. A viúva ribatejana, que é toda sem pudores no blogue, tentou parecer não gostar de sexo - não vá a sogra estar a ver-, e a outra ficou escandalizada quando a apresentadora leu uma coisa que ela decidiu escrever no blogue e incluir no livro. Nem a compilar perderam tempo? Fizeram o livro como uma empregada doméstica trapalhona faz máquinas de lavar? Tudo lá para dentro, não interessa o quê? 

Não gostei de ver. Não gosto delas. E de vocês também não, escusam de escrever comentários para me magoar porque não existo (leiam isto). 

Para me darem razão, o vídeo daquelas coisas está aqui e "começa" aos 13 minutos. 

Voltarei. Cheira-me que muito em breve. 

A melhor fotografia de ambas desse dia foi esta. Perfeita. "



Vou tentar! E vocês, querem? A Mãe dá!

Gosto de desafios e os dois maiores já cá cantam: a Isabel e a Luísa, já em modo contagem decrescente. E, como se duas filhas com diferença de idade de dois anos e picos não fosse lenha suficiente para me queimar, resolvi aceitar mais um. Vou experimentar as fraldas reutilizáveis da Mita, uma marca portuguesa. Não eu (hehe), a Luísa. Espero sinceramente que, mais do que superar o desafio, a coisa se converta num modo de vida. Nada como tentar.


Eis algumas vantagens:

- são mais económicas (bem sabemos quanto gastamos em fraldas ao longo de dois anos, feitas as contas uns dois mil euros, ah pois é!)

- são menos poluentes (apesar da água e energia a lavá-las, não se compara ao impacto do abate de árvores nem ao lixo, que demora 500 anos a degradar-se)

- são melhores para a pele do bebé (sem aqueles químicos todos presentes nas fraldas descartáveis)

- são tão giras (óbvio que é o menos importante, mas quem não gosta de vê-los só de fralda?)



O nosso pack de fraldas já cá canta

Quem mais quer embarcar nesta aventura comigo? Temos um PACK TOTAL para oferecer, que vai desde o nascimento até aos 5/6 meses, pr'o menino e pr'a menina.

E para se habilitarem a ganhar este pack só têm de:

- fazer like na página de Facebook da Mita
- fazer like na página de Facebook do a Mãe é que sabe - ainda não estava?! mau!... ;)
- partilhar este post publicamente na vossa página do Facebook
- deixar uma mensagem no nosso post do Facebook

O passatempo termina no dia 1 de maio às 23h59 e a vencedora será escolhida de forma aleatória, através de random.org.


Mais informações sobre as fraldas, vantagens e como usar, consultem aqui ou podem também deixar as vossas dúvidas na caixa de mensagem, que peço à Mita para passar por cá a responder! :)

Vocês vão odiar-me.

Não, não estou numa ilha paradisíaca com 35 graus e os pés numa água de 31, a beber um sumo de manga e a ouvir o som de uma qualquer ave tropical. 
Não, também não estou num spa a levar massagens. Também não me saiu o Euromilhões. 

Acordei agora. Tão somente isto. Nunca pensei que seria capaz, que o meu corpo o permitiria. Achei que já tinha o chip avariado. Mas não, acordei às 11 horas. Há quantos meses/anos não acordam vocês a esta hora? Nem respondem, suas zombies. :)

[vá, para me odiarem um bocadinho menos, não tenho aqui minha filhota a encher-me de baba com os seus "bijinhos", porque está nos avós. Vêem, afinal se calhar acordar às 7h até compensa!]

Apaixonei-me por ele.

Ontem foi um dia atípico - como quase todos os dias quando se tem bebés/crianças pequenas. 
Fomos lanchar as duas a uma pastelaria nas Laranjeiras ao pé da loja do Cidadão.

A Irene, depois de meio lanche aviado, avistou uma menina chamada Joana que andava a praticar o andar com o pai - odiei essa fase de termos de andar curvados durante meses. Observei de longe, como um dono orgulhoso quando sabe que tem um cão bem comportado e lhe quer dar liberdade (ahah comparei a minha filha a um cão!) mas, eventualmente, meti conversa. 

A Irene mais tarde fugiu para ao pé da mesa onde estavam os pais da Joana e, como já não estava no meu campo de visão, tive de me aproximar. Pedi desculpa "por me estar a colar", mas era sempre mais confortável do que estar a gritar de lá do fundo "Irene, não, não!". 

Sentei-me e a Ana disse que lia o nosso blogue. Que sabia quem éramos. Penso sempre: "epá, Joana, se já sabes que corres este risco, porque não dar um jeitinho ao cabelo antes de saíres de casa ou por uma base". Por outro lado, são pessoas que conhecem praticamente todos os milímetros da minha cabeça. Vêem-me com cabelo de 12h horas, uma rosácea que dá pena e uma roupa de quem parecia indecisa entre ir para o ginásio (ahah) ou ir para o sofá, mas sabem como sou, que penso, que brinco, que partilho. 

Fiquei ainda mais (para além da rosácea) corada quando a Ana disse que era nossa leitora. Tinha uns olhos super meigos e era muito paciente com a filha. Uma voz sempre doce, sem levantar o tom. Começámos a falar de coisas que nos uniam: as noites mal dormidas, a amamentação prolongada, as etapas de desenvolvimento dos bebés, etc. Nestas alturas tento sempre controlar-me, porque tenho sempre tanta vontade de falar que uma coisa é lerem um bacalhau enorme num post, a outra é não me calar durante 20 min. 

Perguntei por um jardim ou uns baloiços e a Ana falou-me de um que havia dali a 5 minutos a pé. Fomos (sem a família da Ana, que tem uma vida para além de me aturar) Fomos e que maravilha! Espero explicar-vos bem o jardim (o pouco que vi) para que, caso o venham a visitar, saibam o que vão encontrar. 

Aquilo parece-me uma mata. Super, super descuidada. Como se não houvesse qualquer intuito de estar aberto ao público (só vi a parte inicial dos baloiços para as crianças), tem terra, tem pauzinhos no chão, folhas, pedregulhos, buracos, etc. Tem muitas árvores e imensa sombra. Nada bonito mas ainda mias bonito por estar assim, entregue às estações.  Senti-me efectivamente num jardim. No meu imaginário, vivíamos numa zona muito mais rural. Aquele é jardim perfeito para piqueniques e para namoros. Para sestas de recém nascidos, para amamentar, para desenhar, para escrever... Senti-me revitalizada. Nunca tinha ouvido falar dele. 

Que jardim menos jardim. Que coisa tão boa. Para a idade da Irene tinha um escorrega, baloiços para bebés, um cavalinho de madeira e pouco mais. 

A luz a passar por entre aquelas folhas e o som de um grupo de amigas com filhos a jogarem ao arco e flecha (jardim grande) fez-me sentir que estava em "comunidade", não sei explicar. 


A photo posted by Joana Gama (@joanagama) on

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Ela tinha de andar de mão dada comigo. Muitas pedras, muitos buraquinhos, mas foi uma missão das duas. Como aquelas séries do pessoal a passar ribeiras descalço e afins.

Senti que encontrei ali um cantinho de Saúde. Não fosse esse o nome do Jardim, parque Bem Saúde.

4.24.2016

Só pode ser a gozar!!

Vou tentar não parecer muito... escandalizada, porque não estou ainda nada por dentro destas coisas. Porém, assim que ouvi falar sobre isto, confesso que fiquei cheia de vontade de fazer qualquer coisa. Parece-me tão absurdo, tão imbecil, que só posso pensar que existe qualquer coisa que eu não saiba.

Uma vizinha minha queria muito que o bebé estivesse num daqueles colégios privados que tem fila de espera. Não que fosse esse o critério dela, claro, mas as suas primeiras opções iam sempre para esses colégios. Teve, portanto, de inscrever o miúdo antes dele nascer num desses sítios. 

Ok. Escolha dela, tudo bem. 


Como é que eu soube disto? Ela perguntou-me: "E a Irene, já fez o desfralde?". Eu disse que não, que nem era uma grande preocupação minha para já. Que tenho tudo pronto para quando ela quiser fazer: redutor, penico, fraldas/cuecas e que, quando ela mostrar interesse, terá tudo ao seu dispor. Aliás, noto que naturalmente nela, sem pressões, o cenário vai ficando cada vez mais fácil com skills que ela vai ganhando. Se tivesse tentado fazer há uns bons meses atrás teria sido só uma tortura para todos e... para quê?

A mãe disse-me que estava preocupada, pois o filho ia para a tal escola em Setembro e que, apesar de estar inscrito lhe disseram que tem de ir desfraldado, senão não entra. 

Como assim????????????????? Podia ter posto menos pontos de interrogação, mas é mesmo a minha reacção natural...

Ao contrário do que a mãe do meu padrasto pensa (para dar um exemplo da antiguidade da ignorância), o desfralde não tem um tempo exacto. Não é necessário impor uma pressão à criança para fazer um desfralde porque, à semelhança de todas as outras capacidades - em casos de desenvolvimento habitual - eles atingem cada patamar depois de reunirem todas as faculdades que precisam para lá chegar. Quando a Irene souber puxar as calças para baixo, saber que tem vontade de fazer xixi antes de fazer, etc, etc, as coisas dar-se-ão. 

A pressão a que esta mãe está sujeita. O colégio não tem condições para ter meninos com fralda e em vez de as arranjar, desencanta esta pressão nas mães? Como diz uma educadora com quem falei ontem "se lá puseres o miúdo sem fralda e se passar a fazer xixi nas calças todos os dias, a ver se não o aceitam de fralda". 

Isto é porquê? Supostamente são colégios "bons" ou deveriam ser... e tomam este tipo de decisões? 

Sei que o desfralde será um ponto muito pequenino no quadro de um colégio que há de ter aulas até à 4ª classe, mas para mim não seria bom indicativo... não sei se não repensaria até...

Mães que tenham passado por isto... isto é habitual e é só para escandalizar ou já houve mesmo crianças que não foram aceites? 

4.23.2016

SuperMãe (e não estou a falar de mim)

Hoje quis dedicar o post a uma pessoa com a qual me identifico muito: a Rita Ferro Alvim (Socorro! Sou mãe), que está agora a viver uma das melhores experiências de sempre, ser mãe do terceiro (a linda, linda Madalena) aos 39 anos. 
Tenho acompanhado tudinho (sempre gostei muito de a ler - longe estava eu ainda de saber que um dia também eu ia ter um blogue - e sempre gostei muito das fotografias maravilhosas que ela tirava aos filhos. Foi com ela que fizemos a primeira sessão fotográfica, estava eu grávida de 37 semanas da Isabel. Escusado será dizer que adorei o resultado final (muitas, mas muitas fotografias podiam estar aqui), mas gostei principalmente de estar aquelas horas com ela, em que a conversa fluía com a maior das naturalidades. Gosto de revisitar estes momentos, até porque estava quase a começar a maior aventura da minha vida, por esta altura. Mando agora, por aqui, um beijinho enorme a esta SuperMãe e desejo-lhe que desfrute ao máximo o seu novo amor, a Madalena, com toda aquela serenidade que me contagia, quando a leio.<3















Fotografias Crush

4.22.2016

Falamos sobre o meu pipi na televisão!

Sim, post sobre o 5 e prometo que, depois disto, tentamos não falar mais sobre este assunto ;) É que depois perde a actualidade.

Já viram o vídeo? Está aqui e começa aos 13min: 5 Para a Meia-Noite 

Sim, falou-se do facto de eu ter sido cosida e do Frederico ter pedido para dar mais um pontinho. E eu tive que fingir que não me importava e que estava à espera daquilo - not. Isto além de a seguir se ter falado sobre uma rapariga que não queria engolir... enfim... 

Foi giro! Constrangedor, mas giro!

Fica aqui um aglomerado dos nossos conteúdos ontem ;) : 


Uma foto publicada por a Mãe é que sabe (@amaeequesabe) a

Um vídeo publicado por a Mãe é que sabe (@amaeequesabe) a

Um vídeo publicado por a Mãe é que sabe (@amaeequesabe) a

Um vídeo publicado por Joana Paixão Brás (@joanapaixaobras) a


Fica mais simples se nos seguirem no instagram aqui @amaeequesabe ou aqui @joanagama ou aqui @devespensarmesmoqueiaporaquiumlinkparatióranhosa

Como se adaptou à nova creche?

Foi tudo muito mais fácil e rápido do que eu previa. Do conjunto das mudanças por que passou nos últimos meses, era esta a que mais me assustava. 

Falei-vos de como a Isabel adorava a escolinha dela (esteve lá praticamente 3/4 da sua vida) e de como estava a ser complicado para mim segurar as lágrimas nas despedidas. Sabia também que a passagem para a nova escola deveria ser - em se podendo - gradual, para não ser tão drástica, confusa e dolorosa.

No primeiro dia, foi duas horas, de manhã, e correu tudo bem.
No segundo dia, começou a choramingar assim que saímos de casa, quando lhe disse que ia para a nova escolinha. Chegou lá e não queria ir para a sala de maneira nenhuma, alapando-se a mim. Partiu-me o coração. Mas respirei fundo, disse-lhe que a mãe já viria buscá-la e fui buscá-la depois do almoço, antes da sesta. Pedi que me ligassem a contar como estava a correr e, para meu alívio, parou de chorar nem 5 minutos depois. Voltou a chorar quando viu os meninos a descalçarem-se para a sesta e lhe disseram que ela não precisava (hehe). Cheguei eu e veio a correr, eufórica, para mim.
No terceiro dia, fomos levá-la - pai e mãe - e o David ficou angustiado quando ela ficou a chorar, na sala. Tentei acalmá-lo, dizendo-lhe que ia passar em poucos minutos. Assim foi. De vez em quando, lembrava-se e perguntava por mim, mas tudo controlado. Almoçou, dormiu a sesta e lanchou. Fui buscá-la às 16 horas.
No quarto dia, não chorou e foi toda contente para o pé dos amigos. Já sabia alguns nomes de cor e contou-me tudo o que fez e o que comeu.

E assim foi: a adaptação foi mais rápida e menos dolorosa do que eu esperava. Sinto que adora lá estar, que vem de lá feliz (há dias em que não quer vir embora e gosta muito de me mostrar os cantos à casa), que aprende imensas coisas, que está vivaça, comunicativa, engraçada. Já percebi que adora o Afonso (e cheira-me a paixão, porque também lhe dá com os pés - literalmente, ouvi dizer...) - no outro dia até me veio tentar contar a história da cadeira (teve de ser afastada da cadeira perto dele, depois de um "carinho" daqueles, mas depois pediu desculpa). Tudo normal, portanto. E tudo a correr muito bem nestes quase dois meses. Além disso, tenho a sorte de - tirando praticamente só os dias em que vou a Lisboa trabalhar - a poder deixar mais tarde e de a ir buscar cedo e isso, para mim, está a ser qualidade de vida. Para ela, para mim, para todos.

Conclusão: se vão passar por um caso semelhante de mudança, não sofram por antecipação. Tudo se resolve e, muitas das vezes, com menos complicação do que andámos a imaginar.


A verdade é esta:

Ontem fomos ao 5 para a Meia Noite para sermos entrevistadas pela Marta Crawford a propósito do nosso/vosso livro que vai ser lançado dia 30 na Fnac do Alegro de Alfragide às 16h (mas que já está à venda). Foi uma experiência engraçada, somos duas parolinhas que adoram ir à televisão e, portanto, mesmo que só tivessemos aparecido 12 segundos, já ficávamos contentes com isso. ;) 

5 Para a Meia-Noite - começa aos 13 minutos ;)

Quero só dizer-vos que a verdade é esta: 

- A Joana é a maior. Não descansou enquanto não me tirou um pedaço de chocolate dos dentes (tenho a tradição de comer um bocadinho de chocolate.. bem, antes de tudo - para eu não fazer má figura na televisão. Até foi lá com a mãozinha dela e tudo. 

Bffs. ;)

Devem ter falado de um assunto qualquer cultural que eu não percebi. Estou com um ar de "é, é... exactamente!"